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As mudanças da vida e como nos sentimos com elas

  • Foto do escritor: Helena Kravchychyn
    Helena Kravchychyn
  • 27 de jun. de 2024
  • 3 min de leitura

Atualizado: 6 de jan.



Você já parou para pensar como mudar pode ser bom e ruim ao mesmo tempo? Isso se aplica a qualquer transformação na vida: nos relacionamentos, empregos ou até nas coisas mais cotidianas, como mudar o cabelo ou o trajeto para o trabalho. Parece óbvio constatar, mas mudar traz consigo o fim de uma coisa e o começo de outra. Às vezes, um recomeço. Quantas pessoas já não mudaram de cidade e depois voltaram a morar nela após certo tempo? Nesse caso, o momento do retorno não é igual a antes, o que faz com que vários aspectos da experiência anterior nesse lugar sejam diferentes. Da mesma forma, a pessoa que voltou pode não ser exatamente aquela de quando partiu, o que faz toda a diferença para o seu novo período ali.


Homem segurando uma caixa em meio a outras caixas de mudança
Imagem: Homem segurando uma caixa em meio a outras

Mudar pode ser bastante desafiador e até gerar grande sofrimento. É uma experiência que se vive de maneira melhor ou pior de acordo com cada pessoa ou situação. Se você ansiava por um novo emprego e o consegue, isso é muito diferente de ser forçado pelas circunstâncias a mudar de país. Ainda que você deseje muito uma mudança, é possível que experimente emoções difíceis de lidar quando ela finalmente ocorre.


Assim, existem dois aspectos emocionais importantes diante da mudança: o medo do desconhecido e o luto pelo que ficou para trás. Por mais que você tenha uma noção geral do que vai acontecer quando algo muda, não há como prever ou controlar tudo. Também não é possível saber como você se sentirá realmente na nova situação. Então, o medo pode fazer parte desse momento, levando você a se indagar: será que vai ser bom? Será que vou me acostumar? Será que lá vai ter isso ou aquilo de que eu gostava?


O luto pelo que terminou também pode estar muito presente, antes mesmo da mudança efetivamente acontecer. Você pode sentir tristeza, até mesmo um grande peso, ao pensar naquilo que não vai mais ter ou não vai mais poder fazer no novo cenário. Também pode sentir raiva e frustração, especialmente se mudar não estava nos seus planos. É comum fazer comparações com o antes e o depois da mudança, o que se intensifica quando não houve tempo suficiente para vivenciar os aspectos positivos da nova realidade. Essas emoções podem ser fortes a ponto de paralisar uma pessoa, deixando-a sem ação e impedindo-a de ver o que há de positivo na mudança ou de se adaptar mais rapidamente a ela.


Mudar pode ser muito bom, mas pode levar um tempo até que as pessoas se acostumem com o novo e se adaptem ao que nunca viveram. O ser humano geralmente gosta de alguma constância (uns mais do que outros) e pode ser realmente desesperador para algumas pessoas não saberem o que há em frente. Com o tempo, pode ser mais fácil conviver com a mudança até que se acostume com ela e não se tenha mais sofrimento. Mas, até que aconteça, podem ocorrer muitas emoções desagradáveis, ou mesmo contraditórias, tornando importante contar com apoio: da família, amigos ou até mesmo ajuda profissional, caso o sofrimento seja muito intenso ou que se identifique que a dificuldade com mudanças em geral pareça maior do que deveria.


Folhas penduradas mudando de cor
Imagem: Folhas penduradas num fio e mudando de cor

De qualquer maneira, é sempre interessante que você reflita sobre os variados aspectos de uma mudança pra você, identificando como se sente e o que considera mais difícil de encarar ou enfrentar. Se constantemente você se depara com emoções muito angustiantes diante das mudanças que ocorrem em sua vida, ou se alguma mudança em especial te parece muito ruim e você se sente perdido e querendo a todo custo voltar à antiga situação, é importante que cuide disso. Buscar ajuda pode ser necessário, ou até mesmo fundamental, em muitos casos e pode ser o divisor de águas para se conseguir passar por essa fase de mudança até que você finalmente se adapte a ela.





 
 
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