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Por que pode ser tão difícil se relacionar com os outros?

  • Foto do escritor: Helena Kravchychyn
    Helena Kravchychyn
  • 27 de jun. de 2024
  • 3 min de leitura

Atualizado: 6 de jan.


Três mulheres na praia brincando de jogar água
Imagem: Três mulheres na praia brincando de jogar água umas nas outras com os pés

Quem nunca teve problemas nos relacionamentos? Seja com um membro da família, com amigos, colegas de trabalho ou um par amoroso, relacionar-se é por si só uma tarefa complicada para a maioria das pessoas. Pode até ser tranquilo para você cultivar as relações com amigos, mas quando se trata daquele alguém específico da sua família, por exemplo, o coração bate mais acelerado e parece complicado demais manter até mesmo uma conversa curta.


Ainda que seus relacionamentos sejam tranquilos a maior parte do tempo, vez ou outra você tem que lidar com alguma questão complicada relacionada a alguém. Uma palavra mal compreendida, uma expectativa não realizada e pronto. A cara se fecha e os desafios começam. O que fazer para restabelecer a paz?


Entendendo a natureza dos relacionamentos


Primeiro é preciso compreender que o ser humano é um ser em relação. Desde antes do nascimento já estamos ligados a pessoas e aprendendo sobre estarmos juntos. Um bebê responde muito prontamente às emoções e situações das pessoas à sua volta e depende disso para sobreviver. À medida que cresce, vai aprendendo acerca de si enquanto tenta compreender aqueles com quem convive. Faz parte da vida e de um desenvolvimento saudável estar com pessoas e também conectado com suas emoções, respostas e cuidados.


O adulto também precisa de outras pessoas: todos precisamos. Por mais isolada que seja uma pessoa, fisicamente falando, que se feche em sua casa e só saia para comprar pão, ela está conectada em vários níveis com pessoas próximas e também distantes de si. Afinal de contas, no mínimo alguém teve que fazer o pão e entregá-lo a quem comprou.


Mas se é tão natural, por que tão difícil?


Vamos partir do pressuposto que você esteja conversando com alguém e essa pessoa faz um pedido a você. A maneira como você reage a esse pedido tem a ver com muitos fatores, que são seus: sua história de vida, como aprendeu que deveria agir quando alguém quer algo que você pode fazer por ela, etc. Só que quem pediu também tem o seu próprio contexto e é aí que mora o impasse: você é diferente dela e tem limites e valores diferentes, ainda que tenham nascido na mesma casa, com os mesmos pais!


Tem muito a ver com as crenças, expectativas e personalidade de cada um. Tem a ver com limites que precisam ser estabelecidos em qualquer relação saudável: de pai e filho, de casais...mas que são subjetivos, variando de cada pessoa. Se para mim pode ser fácil aceitar qualquer pedido de ajuda, para outra pessoa pode ser mais difícil abrir um espaço na agenda para fazer algo para o outro.


Mãos entrelaçadas de um casal
Imagem: Mãos semientrelaçadas de um casal

É necessário então refletirmos sobre quem somos e o que queremos, para entender melhor as dificuldades que enfrentamos em nossas relações. Ceder aqui e ali, mas reconhecer nossos limites e também entender de onde vêm e saber colocá-los, é muito importante. Essa autorreflexão se torna portanto um recurso fundamental para melhorar a qualidade das interações que estabelecemos com os outros.


Também ajuda muito a experiência de vida com diversos tipos de relacionamentos, ao invés de fechar-se para o mundo na tentativa de evitar problemas. Quanto mais você tem um repertório de relações, acompanhado da tomada de consciência anteriormente mencionada, fica mais fácil entender que nem tudo é como você imagina e há muitas realidades diferentes e muitas culturas variadas por aí. Entender a si mesmo e entender ao outro é sempre um bom caminho para começar a ficar mais leve para ambos.







 
 
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